GUARDIÃO E GRIOT RIVELINO MARTINS

Natural de Camaçari, Bahia, atualmente reside em Arembepe. Guardião e griot da região, Rivelino é uma figura central no resgate e preservação das tradições culturais locais. Além disso, atua como ativista ambiental, lutando pela proteção dos ecossistemas e da rica herança cultural do litoral baiano. Sua trajetória é marcada pelo compromisso com a sustentabilidade e pela valorização da história e identidade do seu povo.

Campanha de Reflorestamento

A campanha de reflorestamento das dunas de Arembepe, na Bahia, é uma iniciativa liderada pelo ativista ambiental Rivelino Martins, que visa restaurar e proteger a vegetação nativa da região. Com o apoio entusiástico da comunidade local, a ação envolve o plantio de espécies nativas que ajudam a estabilizar as dunas e recuperar a biodiversidade do ecossistema. Rivelino destaca a importância do envolvimento da população, promovendo a conscientização sobre a preservação ambiental e o valor das dunas como patrimônio natural. 

O projeto não apenas contribui para a recuperação do meio ambiente, mas também fortalece o senso de pertencimento e união entre os moradores, que se reúnem em mutirões para cuidar de sua terra. Essa mobilização coletiva é um exemplo inspirador de como a comunidade pode se unir em prol de um futuro mais sustentável.

Chegança

A tradição das Cheganças e Marujadas foi reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial da Bahia em 2019. Em Camaçari, a Chegança de Mouros, criada em 1930 por homens negros e pescadores, e a Chegança Feminina, formada em 2002 por mulheres idosas para manter viva a prática, são os dois grupos que preservam essa manifestação cultural. Na década de 1930, Arembepe era um vilarejo de pescadores, mas ao longo dos anos, a chegada da indústria, pavimentação e turismo transformaram a região, atraindo novos moradores e visitantes. 

Apesar das mudanças, a tradição das Cheganças se manteve viva, graças à adaptação e resistência dos “brincantes” (participantes), que preservaram a cultura local. Estudos de História Oral revelaram que essa tradição, fortemente marcada pela participação de homens e mulheres negros, é um símbolo de identidade e união na comunidade de Arembepe, adaptando-se às mudanças sem perder sua essência cultural.

 

Experiência da Limpeza Mundial de Arembepe

O Dia Mundial da Limpeza é uma mobilização global para conscientizar sobre o descarte irregular de resíduos e a preservação ambiental. Em Arembepe, a data foi comemorada com um mutirão que reuniu moradores, comerciantes e turistas na limpeza de praias, dunas, rios e lagos. A ação começou na casa de Dona Rita de Caraúna, com um desfile da “baleia rosa” da ONG Porto das Baleias, simbolizando a união pela causa ambiental.

 Rivelino Martins, ativista local, teve um papel crucial na organização do evento, destacando sua importância para a preservação do patrimônio natural de Arembepe. O secretário de Turismo, Gilvan Souza, também participou, ressaltando a responsabilidade coletiva com o meio ambiente. Com o apoio da Prefeitura de Camaçari, o mutirão resultou na remoção de uma grande quantidade de lixo, principalmente plástico, demonstrando o comprometimento da comunidade com a conservação ambiental.

 

Parque do Cacimbão

O Parque Ecológico e Cultural Fonte do Cacimbão, em Arembepe, Bahia, é um símbolo de resgate cultural e ambiental liderado pela comunidade local. A antiga fonte de água, utilizada por indígenas, jesuítas e gerações de moradores, foi abandonada nos anos 1990 com a chegada da água encanada e sofreu invasões de grileiros. Em 2021, o pescador e ambientalista Rivelino Martins criou o grupo “Guardiões do Cacimbão” para mobilizar a comunidade na recuperação da área. Com apoio da prefeitura e da polícia, o grupo cercou o terreno e iniciou uma intensa limpeza, restaurando a fonte, que voltou a jorrar água cristalina em fevereiro de 2021.

 A celebração desse momento incluiu um banho coletivo, e o vereador local propôs o tombamento da área como patrimônio público, o que consolidou o Parque Ecológico. O espaço agora tem bancos, trilhas e quiosques, com o apoio de moradores e comerciantes, e o projeto se tornou um marco de união e pertencimento em Arembepe, inspirando outras iniciativas de preservação na região.

 

Encontro de Gerações

O Festival Cultural Encontro de Gerações, organizado pelo ativista Rivelino Martins, aconteceu na Praça dos Coqueiros em Arembepe, promovendo a união de diversos movimentos culturais e artísticos. O evento incluiu contação de histórias, exposições fotográficas e culinária ancestral, destacando a importância do resgate da identidade local. Rivelino enfatizou a relevância de reviver narrativas históricas da comunidade, como um naufrágio ocorrido há 60 anos. Com a participação de grupos tradicionais, como as Cheganças Feminina e Masculina, o festival também contou com a presença de importantes figuras culturais, como o Mestre Lua de Bobó. Além de promover o reconhecimento das histórias dos antepassados, o evento ofereceu pratos típicos, reforçando a conexão com a culinária regional. A presença de líderes comunitários ressaltou a importância do festival para fortalecer a identidade cultural de Arembepe e promover a preservação da história local, celebrando as gerações passadas e incentivando o envolvimento das novas gerações.

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Atividades realizadas

  • Desfile da Baleia Rosa
  • Organização e Conscientização
  • Café da Manhã Comunitário
  • Festival Cultural Encontro de Gerações
  • Homenagens e Reencontros
  • Exposições e Atividades Artísticas
  • Ressignificação da História Local